quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Poesia.

Minha gente, durante o mês inteiro de dezembro, tinha um professor de português que foi meu "anjo da guarda". Anjo da guarda por causa do Natal, de brincadeiras de "amigo invisível" e etc, etc, etc... o cara gosta de escrever poesia. Sabendo que era meu anjo, escreveu uma poesia para minha pessoa. A festa de confraternização do trabalho rolou e no finalzinho da bagunça, ele timidamente, me deu a poesia. Ei-la:


"Proteger essa pessoa
foi muito gratificante...
É uma pessoa educada
Inteligente e bonita.
Adoro o seu jeito de andar
Adoro a sua maneira de falar.
É uma pessoa séria e brincalhona,
Silenciosa e barulhenta
É Maria, é Madalena
É linda, é morena
Tem um olhar cativante
É uma pessoa atenciosa
Meiga, 1,75 cm de elegância
cheia de vigor e energia
E com toda essa magia
Ela leciona Sociologia
Com muito humor e alegria
Seu nome é: Anna Maria!"

Elias.



Bonitinho né? Legal. Guardei e valorizei.

Bom Natal para todos!

3 comentários:

  1. Lira do Amor Romântico
    Drummond

    Atirei um limão n'água
    e fiquei vendo na margem.
    Os peixinhos responderam:
    Quem tem amor tem coragem.

    Atirei um limão n'água
    e caiu enviesado.
    Ouvi um peixe dizer:
    Melhor é o beijo roubado.

    Atirei um limão n'água,
    como faço todo ano.
    Senti que os peixes diziam:
    Todo amor vive de engano.

    Atirei um limão n'água,
    como um vidro de perfume.
    Em coro os peixe disseram:
    Joga fora teu ciúme.

    Atirei um limão n'água,
    ele afundou um barquinho.
    Não se espantaram os peixes:
    faltava-me o teu carinho.

    Atirei um limão n'água,
    o rio logo amargou.
    Os peixinhos responderam:
    É dor de quem muito amou.

    Atirei um limão n'água,
    o rio ficou vermelho
    e cada peixinho viu
    meu coração num espelho.

    Atirei um limão n'água
    mas depois me arrependi.
    Cada peixinho assustado
    me lembra o que já sofri.

    Atirei um limão n'água,
    antes não tivesse feito.
    Os peixinhos me acusaram
    de amar com falta de jeito.

    Atirei um limão n'água,
    fez-se logo um burburinho.
    Nenhum peixe me avisou
    da pedra no meu caminho.

    Atirei um limão n'água,
    de tão baixo ele boiou.
    Comenta o peixe mais velho:
    Infeliz quem não amou.

    Atirei um limão n'água,
    pedindo à água que o arraste.
    Até os peixes choraram
    porque tu me abandonaste.

    Atirei um limão n'água,
    Foi tamanho o rebuliço
    que os peixinhos protestara
    Se é amor, deixa disso.

    Atirei um limão n'água,
    não fez o menor ruído.
    Se os peixes nada disseram,
    tu me terás esquecido?

    Atirei um limão n'água,
    caiu certeiro: zás-trás.
    Bem me avisou um peixinho:
    Fui passado pra trás.

    Atirei um limão n'água,
    de clara ficou escura.
    Até os peixes já sabem:
    você não ama: Tortura.

    Atirei um limão n'água,
    e cai n'água também,
    pois os peixes me avisaram,
    que lá estava meu bem.

    Atirei um limão n'água,
    foi levado na corrente.
    Senti que os peixes diziam:
    Hás de amar eternamente.

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  2. Agradeço as belas poesias. Adoro poemas. Drummond é lindo!

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